[Apresentamos com exclusividade para os nossos leitores esta reflexão que Max postou durante uma série de cultos de louvor (Worship Night in America) em cidades chaves nos EUA semana passada. Que o sonho dele, se não virar realidade a nível nacional, possa tornar real a nível pessoal em nossas vidas.]
Não consigo decidir se é um sonho ou um anseio. Talvez começou como o primeiro e evoluiu para o segundo. Ontem disse à minha esposa Denalyn, “Ontem à noite eu tive o sonho mais estranho.” Havíamos dormido assistindo a Convenção Nacional Republicana. Não foi a maneira mais relaxante de dormir, certo? Políticos, críticos, pesquisadores, e gente protestando. Línguas abanando. Dedos em riste. Acusações. Declarações. Blá-blá-blá.
A convenção faz parte do fundamento do nosso sistema. Eu entendo isso. Mas tem que ser tão… hostil, volátil? O país parece estar em alvoroço. Cada manchete dói no coração. Policiais mortos. Motoristas mortos. Bandeiras ao meio mastro por quanto tempo?
Eu adormeci com as imagens da convenção e a crise na minha cabeça. Quando acordei, foi com uma imagem de uma convenção diferente. Eu refleti sobre isso enquanto fiquei na cama. Pensei mais ainda enquanto tomei o meu café. Ao chegar no meio da tarde já estava sorrindo com a própria ideia.
Ajuda que (enquanto escrevo isso) estou na estrada com eventos da “Noite de Adoração na América”. Assim como os políticos, estamos fazendo barulho em estádios. Diferentemente dos políticos, nosso barulho é sobre Jesus. Nós cantamos, batemos palmas, refletimos sobre a Escritura, e no final da noite nos ajoelhamos e oramos. A essa altura meu amigo Louie Giglio está falando. Ele nos lembra da promessa de Deus, “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” (2 Crônicas 7:14 NVI).
Aquela passagem tem mais esperança do que Tiffany’s tem diamantes. Deus ouvirá o seu povo. Deus sarará corações quebrados. Só resta os seguidores dEle se arrependerem, se humilharem e orarem. Então fazemos isso. Em Los Angeles, Chicago, Miami, Nova York… as pessoas se ajoelham e oram. Os participantes não precisam ser conclamados a fazerem isso. Eles sabem a verdade: nós precisamos de ajuda do alto. Os Republicanos são tão confusos quanto os Democratas. Os Libertinos são tão perplexos quanto os Independentes. Políticos dizem que tem soluções. Mas a dona de casa em Miami não é enganada. Nem é o motorista de caminhões em Chicago. Eles sabem a verdade. Nossa esperança não está nos políticos. Está em Jesus.
Eu acho que foi assim que o sonho virou um anseio.
No meu sonho uma mudança sobreveio a convenção. Pessoas se tornam quietas, reverentes. Multidões se juntam do lado de fora, não para protestar, mas para testemunhar algo extraordinário. Sai a notícia de que houve um encontro. Trump e Hillary falaram por altas horas, noite adentro. Quem sugeriu o encontro? Qual foi a agenda? As equipes deles se encontraram nos cantos? Meu sonho não deu detalhes.
Mas, de acordo com a reportagem, os dois candidatos estão prestes a sair a qualquer momento e se dirigir à nação. (Já sei o que você está pensando. “Só nos seus sonhos.”) Verdade. Mas eles fazem isso. E quando fazem, um vento novo sopra pela nação. Eles chegaram a uma conclusão – fizeram um trégua. Chega de falta de educação. Chega de socos abaixo da cintura. Tem coisa importante demais em jogo. Pessoas estão morrendo. A nação precisa se acalmar. Respirar. Se juntar. E qual o melhor lugar para começar do que com Trump e Hillary. A eleição será realizada, mas o rancor, a arrogância, a amargura irão cessar.
O sonho termina aqui. Mas, o anseio? Vai mais um passo além. Não seria algo – quero dizer realmente algo fantástico – se um deles ou ambos dissessem: “Aqui está a verdade. Nós não sabemos como sarar este país. Mas Deus sabe.” E lá mesmo, em rede nacional, ao choque de espectadores ao redor do mundo, ao pleno desgosto do Diabo e à alegria do Altíssimo Deus, eles se ajoelhariam e pediriam ao céu para enviar misericórdia à nossa terra.
Não seria algo impressionante?
Eu sei. Não precisa me dizer. “Não prenda sua respiração, Lucado. Não vai acontecer.”
Não nas convenções, talvez. Mas pode acontecer na sala de estar da sua casa. No seu quarto. Na sua igreja. Pode acontecer com você e comigo e com muitos outros parecidos conosco. Podemos nos arrepender, nos humilhar, e orar. E quando fizermos isso, quem sabe, nossos sonhos mais queridos podem acontecer.
Tradução por Dennis Downing
Em Inglês: “Trump, Hillary and the Strangest Dream”
© Max Lucado, Julho 2016